Movimentacoes suspeitas somam r$ 28,6 milhões em investigação da polícia federal

Relatório parcial aponta valores incompatíveis com a renda de assessores e pessoas ligadas a dois deputados federais do pl.

Fonte: CenárioMT

Movimentacoes suspeitas somam r$ 28,6 milhões em investigação da polícia federal
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A polícia federal informou ao supremo tribunal federal a identificação de r$ 28,6 milhões em movimentacoes suspeitas, sem explicação considerada plausível, envolvendo contas de assessores parlamentares, funcionários partidários e pessoas próximas a dois deputados federais.

Os dados constam em relatório parcial cujo sigilo foi retirado por decisão do ministro flávio dino, relator do caso no supremo. O documento embasou a operação galho fraco, deflagrada nesta sexta-feira, com cumprimento de mandados de busca e apreensão.

Durante as diligências, agentes localizaram cerca de r$ 400 mil em dinheiro em espécie em um dos endereços ligados a um dos parlamentares investigados. As ordens judiciais autorizaram buscas pessoais, veiculares e em imóveis, com aval da procuradoria-geral da república.

Segundo as investigações, há indícios de uso de locadoras de veículos de fachada para desvio da cota parlamentar, verba destinada ao custeio das atividades dos gabinetes, incluindo despesas com aluguel de automóveis.

Um dos deputados afirmou publicamente que é alvo de perseguição e negou qualquer prática ilegal. A reportagem tenta contato com o outro parlamentar citado ou sua defesa.

Indícios de fracionamento

O relatório da polícia federal destaca a repetição de saques em valores inferiores a r$ 10 mil, o que pode indicar a prática conhecida como “smurfing”, estratégia usada para tentar driblar mecanismos de controle financeiro.

Entre os casos analisados, um assessor especial do partido movimentou mais de r$ 11,4 milhões entre 2023 e 2024, montante considerado incompatível com a renda declarada. Já um secretário parlamentar teria movimentado cerca de r$ 5,9 milhões no mesmo período.

Os investigadores apontam ainda suspeitas de pagamento de despesas inexistentes ou irregulares com recursos da cota parlamentar, além de mensagens que sugerem repasses não oficiais.

A decisão judicial também autorizou a quebra de sigilos bancário, telefônico e telemático dos parlamentares e de outras pessoas físicas e jurídicas, além do compartilhamento de informações com a receita federal.

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