O resgate da estrutura da família tradicional brasileira, começa necessariamente pelos pais, porém, na prática o que se observa é a escola assumindo esse papel sozinha.
A observação é da senadora Selma Arruda (PSL-MT), para quem esse regate só será possível se houver uma grande mudança cultura das famílias.
“São os pais que têm que fazer com que o filho chegue à escola com princípios morais mínimos, para ter uma convivência adequada ali”, disse Selma, exemplificando que esse é o tipo de família desestruturada, “aonde o pai vive no Whatsapp e a mãe também, onde a criança já tem seu celularzinho desde um aninho de idade, pois é aquilo que a doutrina, é aquilo que a faz parar quietinha, tanto que se acabar a bateria o menino se joga no chão, pois pra ele o mundo acabou”. A análise da senadora mato-grossense foi feita durante a audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (21), pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, onde foi ouvida a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
Selma Arruda, que é membro titular da CDH, questionou Damares sobre as políticas que seu ministério tem adotado para promover o resgate da família brasileira, uma vez que essa, inclusive, foi uma das propostas apresentadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), quando ainda em campanha eleitoral.
Na mesma linha de pensamento de Selma , a ministra enfatizou que não há como executar políticas públicas no país, sem que haja a perspectiva da família.
Damares lembrou que o foco de sua gestão à frente do ministério, é trabalhar justamente o fortalecimento dos vínculos inerentes à família tradicional brasileira.
“Muitos jovens se casam muito cedo e será que não está na hora de fazermos políticas públicas para ensinar esse jovem sobre como educar sua criança?”, indagou a ministra, enfatizando que isso não significa que o Estado está interferindo na família. “ Isso é o Estado se propondo a criar políticas públicas sobre o fortalecimento da família, pois a família é a base de tudo e, família protegida é nação soberana, não tem outro caminho”, emendou Damares.
A senadora Selma Arruda, enfatizou que essa desestruturação familiar, tão presente no cotidiano brasileiro, tem que ser encarada pelo Estado como um problema grave, que vem sofrendo fortes e danosas interferências externas.
“Eu não sou do tipo de pessoa que acredita que se muda um país só fazendo leis. Eu penso que se muda um país fazendo hábitos, fazendo cultura”, reforçou Selma.
Damares Alves, concluiu sua explanação, reconhecendo que a meta é realmente complexa, mas que seu ministério tem se desdobrado para encontrar a melhor saída.
“Eu penso como a senhora, senadora. Nós vamos ter que rever isso. Rever o fortalecimento das famílias, no Brasil”, finalizou