Girão critica relatório de Renan e divulga carta de repúdio à condução da CPI da Pandemia

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) criticou o relatório final da CPI da Pandemia, apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL)

Fonte: CenárioMT com inf. Agência Senado

girao critica relatorio de renan e divulga carta de repudio a conducao da cpi da pandemia
Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento, nesta quarta-feira (20), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) criticou o relatório final apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, e destacou a carta aberta de repúdio. divulgada por ele e outros senadores contra a condução da Comissão. A nota, assinada também pelos senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Jorginho Mello ( PL-SC), considera que a CPI apurou apenas as ações e omissões do governo federal no combate à pandemia, ignorando os “escândalos gravíssimos” cometidos por estados e municípios.

— Foram nada menos que R$120 bilhões transferidos apenas para o enfrentamento da pandemia a Estados e Municípios, verbas federais. Não faltou dinheiro, mas sobraram indícios de desvios. Foram mais de 170 operações da Polícia Federal e da CGU em todos os estados da Federação, afirmou.

Girão destacou, em especial, a compra “pelo Consórcio Nordeste,  que reúne 9 governadores, de 300 respiradores, por R$48,7 milhões, de uma empresa que comercializa produtos à base de maconha e que nunca foram entregues”.

Ele reclamou, igualmente, do uso de “dois pesos e duas medidas no tratamento dado aos depoentes, sempre muito gentil e cordial para aqueles que comungavam das narrativas do grupo majoritário da CPI, mas muito desrespeitosa para com aqueles que ousavam discordar dessas narrativas”.

O senador reafirmou que na próxima terça-feira (26), além de votar contra o relatório apresentado pelo senador Renan Calheiros, apresentará outro relatório, “um relatório imparcial, que aponta para a necessidade de se apurar as verdadeiras causas que trouxeram tanta dor a milhões de brasileiros durante a pandemia”.