O Levante Mulheres Vivas reuniu seis ministras, um ministro do governo federal e a primeira-dama em Brasília neste domingo (7), em resposta à onda de feminicídios registrada no país. O protesto ocorreu simultaneamente em diversas capitais, mobilizado por organizações da sociedade civil.
Sob forte chuva, representantes do governo defenderam ações firmes contra a violência de gênero. A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, afirmou que é essencial ampliar a presença feminina na política e rejeitar candidatos que desrespeitem mulheres.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou que a mudança cultural exige o engajamento masculino. Já a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relembrou o assassinato de sua irmã Marielle Franco e reforçou que mulheres negras seguem entre as principais vítimas.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, participou em cadeira de rodas e alertou que violências contra mulheres indígenas permanecem invisíveis. A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, defendeu políticas que garantam igualdade profissional e oportunidades na vida acadêmica.
A primeira-dama Janja Lula da Silva lamentou o aumento dos casos e pediu punições mais rígidas para autores de feminicídio. Também esteve no ato a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck.
A mobilização ocorreu após crimes recentes que chocaram o país, entre eles o atropelamento que mutilou Tainara Souza Santos, o duplo assassinato de funcionárias do Cefet-RJ e a morte da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, cujo corpo foi encontrado carbonizado na capital federal.
Dados do Mapa Nacional da Violência de Gênero mostram que 3,7 milhões de brasileiras sofreram violência doméstica no último ano. Em 2024, 1.459 mulheres foram vítimas de feminicídio, média de quatro por dia. Em 2025, o número já ultrapassou 1.180 casos.





















