O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende reunir representantes dos Poderes da República e diversos segmentos sociais para organizar um mutirão educacional contra a violência. O anúncio ocorreu em meio ao aumento de casos de feminicídio que mobilizou manifestações em várias cidades do país.
Durante a 14ª Conferência Nacional de Assistência Social, em Brasília, Lula destacou que a iniciativa deve envolver Congresso, tribunais e lideranças civis. O presidente indicou que tentará realizar o encontro ainda este ano e reforçou a necessidade de indignação diante da violência contra as mulheres, citando episódios recentes de grande repercussão.
Entre os casos mencionados estão o atropelamento que deixou Tainara Souza Santos gravemente ferida em São Paulo e o incêndio no Recife que matou uma mulher grávida e quatro crianças. Lula cobrou engajamento masculino no enfrentamento à violência, defendendo mudanças de comportamento e formação educacional desde a infância.
Nos últimos dias, o presidente tem reiterado o tema em eventos oficiais, lembrando que milhões de brasileiras sofreram violência doméstica no último ano. Em 2024, mais de 1,450 feminicídios foram registrados, enquanto neste ano o país já contabiliza mais de 1,180 ocorrências, além de milhares de atendimentos diários pelo Ligue 180.
PEC do Suas
Na conferência, Lula também comentou a PEC 383/17, que prevê investimento mínimo de 1% da Receita Corrente Líquida no Sistema Único de Assistência Social (Suas). Ele ressaltou a importância do sistema, mas afirmou que é necessário avaliar a viabilidade financeira antes da votação no plenário.
O ministro Wellington Dias defendeu um acordo federativo para assegurar o cofinanciamento do Suas, nos moldes dos modelos de educação e saúde. No evento, ele assinou a criação da Mesa Nacional de Negociação Permanente do Suas, destinada a fortalecer o diálogo com trabalhadores da assistência social.






















