Ex-diretor da Abin entrega celular à CPMI; parlamentares querem ouvir G.Dias

Saulo Cunha conversa com o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, durante o depoimento

Fonte: CenárioMT com inf. Agência Senado

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Roque de Sá/Agência Senado

Deputados e senadores avaliaram que o depoimento do ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha nesta terça-feira (1º) à CPMI do 8 de Janeiro reforça a necessidade de ouvir o general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Eles agradeceram a contribuição de Cunha, que, ao final da reunião, entregou seu celular para que o colegiado possa extrair os diálogos entre os dois.

Durante a oitiva, Saulo Moura da Cunha afirmou que G.Dias, como é conhecido o general, foi informado sobre o risco de ataque às sedes dos três Poderes. O presidente da CPI, deputado Arthur Maia (União-BA), considerou relevante o depoimento.

— Quero parabenizá-lo por essa boa vontade. Observei que ao longo desse depoimento o senhor trouxe aqui informações muito importantes e verdadeiras para essa CPMI. E abriu mão do seu sigilo telemático justamente para contribuir com esta comissão parlamentar de inquérito — disse Maia ao depoente.

Para o senador Marcos Rogério (PL-RO), o depoimento de Cunha talvez tenha sido a maior contribuição recebida pela CPMI. 

— Nós queremos ver o G.Dias sentado nessa cadeira para prestar o seu depoimento e esperamos, com a mesma franqueza que está tendo aqui o senhor Saulo Cunha, que ele também esclareça qual foi a conduta dele. Comissiva, o que fez, ou omissiva, o que deixou de fazer? Porque, certamente, se tivesse agido dentro do estrito cumprimento do dever legal, nós não teríamos a invasão ao Palácio do Planalto — afirmou o senador.

Requerimentos

O presidente da CPMI informou que pretende colocar em votação na quinta-feira (3) os requerimentos apresentados por parlamentares, mas disse que vai analisar os pedidos nesta quarta-feira (2), antes da definição da pauta.