A navegação é o acompanhamento do paciente desde a sua entrada no serviço de saúde, e para que funcione corretamente em todo o país, a representante do Instituto do Câncer, Liz Maria de Almeida, afirmou que é preciso investir na capacitação dos profissionais que vão acompanhar o paciente dentro do SUS.
“Investimento na saúde tem sim que ser muito grande, então a gente vai ter que ter recursos para treinar o pessoal; mas a gente tem que, acima de tudo, tentar fazer com que a proposta de navegação alavanque a organização”.
A procuradora da Mulher da Câmara, deputada Tereza Nelma (PSD-AL) destacou que o câncer de mama é a principal causa de morte entre mulheres antes dos 70 anos. Ela reforça que, como não existe prevenção, os exames são fundamentais para o diagnóstico da doença e para o cumprimento da legislação é preciso o esforço dos gestores nas três esferas de governo.
“Na grande maioria dos casos, a realização dos exames de rastreamento é essencial para a descoberta do câncer de mama em seu estágio inicial, o que favorece o tratamento e as chances de cura”.
Dados da Pesquisa realizada pelo Observatório de Oncologia em parceria com o Instituto Avon mostram que o Brasil ainda está longe da cobertura ideal dos exames de mamografia, que deve ser de 70%, mas que atualmente varia de 9% a 21% nas diversas regiões. Ainda segundo a pesquisa, 42% dos procedimentos foram realizados em pacientes com a doença já em estado avançado, prejudicando as chances de sobrevivência.