A candidata do Psol à Presidência da Câmara, deputada Luiza Erundina (Psol-SP), lamentou que mesmo os parlamentares do grupo de risco da Covid-19 devam comparecer à Casa para votar. “Isso demonstra que o caráter genocida de Bolsonaro também está presente na Câmara dos Deputados. Fora Bolsonaro e todos os seus asseclas de plantão”, disse.
A deputada lembrou que gostaria de ser candidata de todos os partidos de esquerda, com um programa unificado para o povo brasileiro, cuja presença disse sentir falta no processo. “As portas da Casa continuam fechadas, como um simbolismo de que o povo não pode entrar aqui. Se as pessoas pudessem ver as negociações em torno das candidaturas, ficariam decepcionados com aqueles que elegeram”, afirmou.
Erundina criticou o que chamou de “chuva de recursos” para obter apoio de deputados para as candidaturas, referindo-se à liberação de emendas parlamentares. “Enquanto isso, a população brasileira sofre com a falta de oxigênio na luta contra a pandemia”, declarou.
A candidata lamentou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não tenha acatado nenhum dos vários pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, ressaltando o caráter diferenciado da candidatura de seu partido. “O Psol é o único que destoa das principais candidaturas, cujos blocos são compostos majoritariamente por partidos de direita”, afirmou.