A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS rejeitou nesta quinta-feira (4), por 19 votos contra 12, o requerimento da oposição que pedia a convocação do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Lula da Silva, conhecido como Lulinha.
O pedido para chamar o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, também foi rejeitado, por 19 votos contra 11. Messias foi indicado pelo presidente Lula para a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder do governo na CPMI, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), acusou a oposição de tentar desviar o foco da investigação sobre desvios no INSS para criar um palanque político contra o governo e ameaçou responsabilizar judicialmente quem fizer acusações sem provas contra Lulinha.
“Alerto que vão responder criminalmente, civilmente, cada acusação sem prova que fizerem aqui, e em qualquer outro lugar, contra o senhor Fábio ou qualquer outra pessoa. Eu desafio os parlamentares que falaram até agora que apresentem aqui um documento da CPI, que apresentem aqui uma prova do que disseram”, afirmou Pimenta.
Recentes reportagens de veículos de imprensa citaram suposta participação de Fábio Lula da Silva em desvios no INSS com base em depoimento de uma testemunha. Pimenta reforçou que não há provas que vinculem o filho do presidente aos escândalos investigados.
O senador Sergio Moro (União-PR) defendeu a convocação de Lulinha, afirmando que a recusa em aprovar requerimentos de investigação beira a prevaricação e prejudica a transparência do processo.
Jorge Messias
A base governista afirmou que a tentativa de convocação de Jorge Messias visava apenas politizar o tema devido à sua indicação para o STF. Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) destacou que advogados-gerais de governos anteriores não foram chamados, caracterizando a ação da oposição como provocativa.
“É mais uma tentativa, mais uma, da oposição de desviar o foco da investigação, de confundir a opinião pública, mas nós não vamos permitir que isso seja feito. O ministro Jorge Messias merece todo o nosso respeito, o nosso reconhecimento, temos plena confiança no trabalho dele e, portanto, não há nenhuma necessidade da aprovação desse requerimento”, disse Eliziane.
Já a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) defendeu que o depoimento de Messias seria fundamental para esclarecer o acompanhamento dado pela AGU à situação, a transparência dos procedimentos adotados e o andamento das medidas legais.
“O depoimento do senhor Messias é fundamental para esclarecer o acompanhamento dado pela AGU a essa grave situação, a transparência dos procedimentos adotados e o andamento das medidas legais em curso”, afirmou.






















