A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) está sendo alvo de ameaças de morte, que incluem mensagens de ódio e ataques racistas, enviadas por e-mail. A situação foi denunciada pela parlamentar à Polícia Federal e divulgada nas redes sociais na última sexta-feira (1º). De acordo com Dartora, o caso já está sendo investigado pela PF, que, ao ser procurada, informou à reportagem do g1 que não se manifesta sobre investigações em andamento.
As ameaças começaram no dia 14 de outubro de 2024 e, desde então, a deputada recebeu 43 e-mails com conteúdo agressivo. Um dos e-mails compartilhados pela parlamentar contém um relato explícito de violência, em que o agressor ameaça “derrubar gasolina sobre o corpo” de Dartora e incendiá-la. Além disso, o agressor a ofende com insultos racistas, chamando-a de “macaca”.
Impacto psicológico e profissional
Dartora relatou que essas ameaças têm gerado sérias consequências para sua saúde mental e seu trabalho. “O medo tem me paralisado, ao ponto de sair de casa se tornar um desafio. Me sinto constantemente em alerta, temendo pelo desconhecido. Como deputada federal, meu trabalho exige presença pública, pensamento estratégico e soluções para enfrentar o racismo estrutural no Brasil. Mas, diante dessa violência, tudo se torna extremamente difícil”, desabafou.
A deputada também afirmou que o impacto das ameaças vai além dela, afetando diretamente seus familiares e amigos. “Essa violência não me atinge sozinha. Ela abala a paz de quem está ao meu lado, daqueles que me amam. Eles vivem diariamente com o coração apertado, temendo pelo que pode me acontecer”, declarou.
Medidas de segurança e apoio institucional
Dartora enviou cópias dos e-mails ameaçadores à Polícia Federal, à Polícia Legislativa do Congresso e ao Ministério Público Federal. Além disso, solicitou proteção pessoal em razão da gravidade das ameaças. A deputada acredita que esses ataques são motivados por sua atuação política, especialmente em temas relacionados à luta contra o racismo e as injustiças sociais no Brasil.
A investigação da Polícia Federal segue em andamento, enquanto Dartora e sua equipe buscam apoio de instituições de segurança pública para garantir sua integridade física e psicológica.