O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força do plenário da Câmara dos Deputados após ocupar a cadeira da presidência em protesto nesta terça-feira (9). A ação ocorreu depois de o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciar que levaria à votação o pedido de cassação do parlamentar, além dos processos envolvendo outros deputados.
Braga contestou a decisão e permaneceu na cadeira, afirmando que seria retirado apenas por força policial. O protesto ocorreu enquanto também avançava a pauta sobre a redução de penas para envolvidos em atos antidemocráticos.
O deputado pode perder o mandato por ter agredido um militante do MBL no ano anterior. Durante a ocupação, ele criticou a postura de Motta, lembrando episódio em que a oposição bloqueou fisicamente a mesa diretora por cerca de 48 horas, sem intervenção semelhante.
A transmissão ao vivo da TV Câmara foi interrompida e jornalistas foram retirados do local, medida cuja ordem ainda não foi esclarecida. Imagens feitas por parlamentares mostram o momento da retirada de Braga, que deixou o plenário com as roupas rasgadas e seguiu para o Salão Verde, onde voltou a criticar a operação.
Ele classificou o movimento como parte de uma “ofensiva golpista”, afirmando que seu processo não ocorre isoladamente, mas dentro de um conjunto de votações que inclui anistias e possíveis impactos políticos para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Braga afirmou que continuará lutando pelo mandato e declarou que o caso representa riscos às liberdades democráticas. Em nota, Hugo Motta afirmou que o deputado desrespeitou o Legislativo e agiu de forma reincidente, defendendo a necessidade de preservar o funcionamento das instituições. O presidente da Câmara disse ainda ter determinado apuração sobre eventuais excessos relacionados à cobertura da imprensa.





















