A Câmara dos Deputados retomou as atividades após a retirada forçada do deputado Glauber Braga, contido por agentes da Polícia Legislativa durante um protesto no plenário. A sessão foi reaberta pelo presidente da Casa, Hugo Motta, com a análise de um projeto sobre o Cadastro Ambiental Rural, em uma tentativa de conter os ânimos enquanto segue a expectativa para o debate do projeto que pode reduzir penas de condenados pelos atos de 8 de janeiro.
De volta à mesa da Presidência, Motta afirmou que a ocupação do posto por Braga representou um abuso e destacou que a cadeira simboliza a própria República. Ele declarou que não permitirá que o regimento seja desrespeitado ou que a instituição seja alvo de desordem. O presidente também determinou a apuração de excessos cometidos contra profissionais de imprensa, após o corte do sinal de transmissão interna e a retirada compulsória de repórteres durante o incidente.
Braga foi levado ao Salão Verde, com parte das roupas rasgadas, onde criticou a ação e acusou a Presidência de tratamento desigual em relação a manifestações anteriores de parlamentares da oposição. Ele afirmou que sua cassação, que será analisada, estaria inserida em um pacote político que inclui a discussão sobre anistias e penalidades a outros envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
A ocupação conduzida por Braga começou após o anúncio de que seu processo de cassação seria levado ao plenário, junto aos de Carla Zambelli e Delegado Ramagem. O deputado pode perder o mandato por ter agredido um militante do Movimento Brasil Livre no ano passado, após uma provocação.





















