Descontos Indevidos Persistem Apesar de Decreto em Mato Grosso

Servidores públicos continuam sofrendo descontos indevidos, mesmo após decreto de proteção.

Fonte: da Redação

Descontos Indevidos Persistem Apesar de Decreto em Mato Grosso
Descontos Indevidos Persistem Apesar de Decreto em Mato Grosso - Foto: ALMT

Mesmo com a publicação do Decreto Legislativo n.° 79/2025, que suspende descontos abusivos em cartões e operações consignadas, milhares de servidores estaduais ainda enfrentam descontos irregulares na folha salarial, segundo o pagamento de novembro realizado nesta quarta-feira (27).

Críticas às instituições financeiras

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) expressou surpresa e cobrou explicações do secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Basílio Bezerra. Ele informou que, em 11 de novembro, a Seplag notificou formalmente todas as instituições financeiras vinculadas aos 62 mil servidores sobre a suspensão de descontos acima dos limites legais.

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Para o parlamentar, a persistência dos descontos demonstra desrespeito às normas. “Desde o dia 6 de novembro, os bancos sabem que não podem fazer descontos acima do permitido. Mesmo assim, ignoraram a lei”, afirmou, criticando a postura do sistema bancário e a falta de fiscalização do governo.

Intervenções jurídicas falharam

Os bancos tentaram derrubar o decreto no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Supremo Tribunal Federal, mas não conseguiram liminares. Segundo Wilson Santos, essa situação evidencia tanto a omissão do governo quanto práticas abusivas históricas, que agravaram o endividamento dos servidores desde 2018.

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Impactos para servidores

O deputado alertou que a falta de revisão salarial e de controle sobre o crédito comprometeu financeiramente muitas famílias. Entre as consequências, ele citou:

  • Divórcios e separações;
  • Venda de bens, como carros;
  • Interrupção de estudos de filhos;
  • Perda de planos de saúde.

Além disso, relatos recebidos pelo gabinete do parlamentar indicam ameaças por parte de empresas consignatárias, mesmo após o decreto.

Exigência de soluções imediatas

Wilson Santos pediu resposta urgente das instituições financeiras e da Seplag para explicar o descumprimento do decreto e garantir a devolução de valores cobrados indevidamente. Ele classificou a situação como “o maior assalto já feito contra o servidor público de Mato Grosso”, reforçando a necessidade de responsabilização do governo e dos bancos.

Comente sua opinião sobre essa situação e compartilhe experiências de servidores que enfrentam descontos irregulares.

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Criador de conteúdo especializado em jogos, tecnologia e notícias de Mato Grosso, é redator no CenárioMT e atua também como analista de TI. Desenvolve projetos de game design no tempo livre. Contato para pautas sobre Mato Grosso: [email protected]