Zoneamento do milho 2ª safra ajuda reduzir risco climático

Veja a tendência do clima nos próximos dias

Fonte: ClimaTempo

Mesmo com destaque ao milho, ambas as culturas tiveram em 2022 saldo histórico, recordes para suas séries históricas
Fonte/Canva

O milho (Zea Mays L) é cultivado em sucessão a cultura de verão em muitas regiões do Brasil. Esse sistema de produção possibilitou a sustentação da produção de milho de segunda safra em níveis recordes e com uma sustentabilidade surpreendente.

O milho consorciado com braquiária cultivado em sucessão a alguma cultura de verão, associado ao sistema plantio direto é uma das opções que apresenta maiores benefícios, como maior reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo, pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica, além de ser mais sustentável.

O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e podem ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas.

Tendência do Clima

A partir do meio desta semana (0/5/10), a chuva volta a ganhar força no centro-sul do Brasil com a formação de um sistema frontal  que provoca tempestades acompanhadas de rajadas de vento, descargas elétricas atmosféricas e possibilidade de granizo. Os acumulados de chuva podem ser altos e alguns pontos de forma persistente e abrangente. Isso irá atrapalhar as atividades de campo em áreas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, principalmente o Mato Grosso do Sul.

Na quarta-feira, uma área de baixa pressão se forma no interior da América do Sul e favorece os temporais no interior do Sul do Brasil. A chuva mais volumosa (entre 70 e 80  milímetros) deverá cair no oeste e noroeste do Paraná. Uma frente fria atinge áreas do Sudeste na próxima quinta-feira (06/10) e provoca chuva forte entre São Paulo, centro-sul de Minas, zona da mata e Rio De Janeiro.

Entre quarta-feira (05/10) e sexta-feira (07/10), um ciclone ganha força na costa do Sul do Brasil e provoca tempestades com fortes rajadas de vento. No fim de semana, o ciclone perde força e as instabilidades se afastam e há uma expectativa de tempo firme.

Estiagem agrícola

O vazio sanitário terminou em áreas da Bahia, boa parte do Tocantins, sul do Maranhão e do Piauí.

O problema é que não choveu de forma significativa nestas localidades, principalmente no sul da Bahia que não registra precipitação a aproximadamente 200 dias.

Nesta região, o solo está bastante seco e no decorrer desta semana esse padrão de estiagem agrícola não deve mudar.

 

 

Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.