Uma comitiva de vereadores de Lucas do Rio Verde viajou nesta segunda-feira para Cuiabá com o objetivo de endossar o apoio a medidas contra as moratórias da soja e da carne. Na capital, os parlamentares participarão hoje de um evento sobre o tema, organizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), no hotel Gran Odara.
O seminário é voltado a representantes de prefeituras, câmaras e do setor agrícola, e abordará a complexidades das moratórias e seus impactos para o estado. Desta forma, os parlamentares luverdenses se juntam a mais de mil lideranças políticas de Mato Grosso para reforçar o apoio a possíveis medidas contra as moratórias, como, por exemplo, o fim de benefícios fiscais para empresas signatárias dos acordos.
“É uma responsabilidade nossa, porque vivemos do agro, e este tipo de acordo comercial é algo que interfere muito em uma região como a nossa, que é agrícola. Temos que dar essa força. Vamos reunir todos os poderes, em um movimento de apoio ao governo estadual, para que ele puna essas empresas que fizeram esses acordos, porque elas têm benefícios, então, que o governo faça seu papel”, afirmou o presidente em exercício, vereador Daltro Figur.
Além dele, também integram a comitiva os vereadores Gilson “Urso”, Marcos Paulista, Ademilson “Zinho”, Ideiva Foletto e Marcos Aurélio. “Elas estão extrapolando todo e qualquer tipo de poder. É como se a nossa Constituição não valesse de nada. E os agricultores que estão regulares, também serão punidos. E todos têm o CAR, a licença ambiental. É a vontade de alguns para beneficiar poucos”, concluiu Daltro.
Em março deste ano, a Câmara de Lucas já havia se manifestado contra a Moratória da Soja e da Carne. Após receberem representantes da Aprosoja, que explicaram os impactos para o Estado, os parlamentares luverdenses decidiram encaminhar um ofício ao governador Mauro Mendes, propondo algumas medidas contra as empresas ligadas aos acordos.
Definidas pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), as moratórias impedem a venda de soja e carne produzidas em áreas de desmatamento na Amazônia, ainda que abertas de maneira legal, a partir de 2008.