Pesquisas do Cepea indicam que os preços da soja têm se mantido sustentados, impulsionados pela valorização do dólar, que elevou o otimismo dos produtores brasileiros para as vendas de 2025. Mesmo com a expectativa de uma safra recorde no país, a média do Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná, em novembro até o dia 28, alcançou R$ 140,46 por saca de 60 kg, o maior valor registrado neste ano em termos reais, considerando o IGP-DI de outubro.
A cotação do dólar norte-americano, próxima dos R$ 6, trouxe uma dinâmica de impacto duplo para o setor. Por um lado, insumos como fertilizantes, amplamente dependentes de importação, ficaram mais caros, pressionando os custos de produção, especialmente para as lavouras de segunda safra. Por outro lado, o câmbio valorizado fortalece a receita em reais obtida com as exportações, melhorando a competitividade da soja brasileira no mercado internacional e aumentando a paridade de exportação. Esse cenário reforça a atratividade do mercado externo para os produtores e consolida a soja como uma das principais alavancas econômicas do agronegócio brasileiro.
Embora os desafios relacionados ao aumento dos custos permaneçam, o atual ambiente cambial cria condições favoráveis para o planejamento estratégico das vendas, permitindo que os sojicultores equilibrem os gastos com insumos e os ganhos obtidos com a exportação.