Tomate despenca 26% no atacado em novembro, com queda generalizada de hortaliças; frutas têm preços estáveis

Boletim Prohort mostra cenário de boa oferta e preços em baixa para a maioria dos produtos, enquanto exportações de hortifrúti acumulam alta de 23% no ano.

Fonte: CenarioMT

Tomate despenca 26% no atacado em novembro, com queda generalizada de hortaliças; frutas têm preços estáveis
Foto: Ceagesp

O tomate liderou uma queda generalizada nos preços de hortaliças no atacado em novembro, com recuo de 26,15% na média ponderada das principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. A informação está no 12º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A forte redução, segundo a estatal, é explicada pela boa oferta do produto nos mercados, impulsionada por uma maturação mais acelerada devido às temperaturas elevadas. O movimento de baixa no atacado já se refletiu nos preços ao consumidor final, conforme verificado pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica.

Cenário misto para hortaliças

Outras hortaliças também apresentaram quedas significativas:

  • Cenoura: recuo de 9,68% na média, com destaque para a Ceagesp/SP, onde a redução chegou a 21,15%, mesmo com menor oferta.
  • Batata: queda mais moderada de 2,37% no mês, mas com um recuo expressivo de 51,3% na comparação com novembro de 2024.

Por outro lado, dois produtos encareceram:

  • Alface: após período de retração, os preços subiram 3,36% devido à menor oferta da folhosa.
  • Cebola: alta de 8,79%, movimento considerado comum para a época, marcada pela troca do principal eixo fornecedor.

Frutas com estabilidade e exceções

No segmento de frutas, novembro foi marcado por relativa estabilidade. Banana (-0,13%), maçã (-0,82%) e laranja (-1,10%) tiveram quedas modestas. A oferta de banana foi menor, afetada pela redução da produção da variedade nanica no Vale do Ribeira (SP) e da prata no norte de Minas Gerais.

Em contrapartida, mamão e melancia registraram altas de 6,55% e 4,45%, respectivamente. Para ambos, a Conab atribui o aumento aos impactos climáticos, que reduziram a oferta e, no caso da melancia, afetaram também a qualidade da fruta originária do sul da Bahia e do centro de São Paulo.

Exportações em alta

O boletim também traz dados positivos sobre as vendas externas. De janeiro a novembro de 2024, as exportações do setor totalizaram 1,176 milhão de toneladas, um crescimento de 23,22% frente ao mesmo período de 2023. A receita gerada foi de US$ 1,4 bilhão (FOB), alta de 9,23%, com bons desempenhos nos mercados da Europa e Ásia.

O Boletim Prohort coleta dados em dez Ceasas localizadas em pontos estratégicos do país, que comercializam grande parte dos hortigranjeiros consumidos no Brasil. A publicação completa está disponível no portal da Conab.

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Jornalista formado (DRT 0001781-MT), atua no CenárioMT na produção de conteúdos sobre política, economia, esportes e temas do agronegócio em Mato Grosso. Com experiência consolidada na redação e apuração regional, busca entregar informação clara e contextualizada ao leitor. Aberto a pautas e sugestões. Contato: [email protected] .