A Embrapa Pecuária Sul recebeu técnicos da empresa 3tentos e produtores rurais no dia 09 em uma visita técnica ao experimento que está avaliando estratégias para o controle de espécies não desejadas na cultura da soja. A pesquisa, realizada nos campos experimentais da Embrapa em Bagé (RS), está avaliando diferentes opções para o combate a plantas daninhas, especialmente o caruru, que vem trazendo perdas na produtividade da cultura na região Sul do Rio Grande do Sul. A pesquisa está sendo realizada em parceria entre a Embrapa e a 3tentos e visa oferecer ao produtor alternativas de manejo para uma maior produtividade da soja na região.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Fabiane Lamego, essa foi a segunda visita técnica realizada nesse ano. A primeira, em janeiro, foi para observar os resultados das estratégias na fase inicial da cultura e agora no momento de florescimento da soja. De acordo com Fabiane, estão sendo testados diferentes tratamentos no experimento, em pequenas parcelas, com o objetivo de verificar quais as melhores estratégias para o controle das espécies daninhas. “Estamos avaliando o uso de bases químicas diversas, a combinação de herbicidas, o uso de pré-emergentes e também a utilização de diferentes espécies de inverno. O objetivo é verificar quais desses tratamentos funcionam melhor para o controle de espécies como o caruru”.
A parceria entre a Embrapa e a 3tentos iniciou há três anos depois do aumento de casos de resistência de plantas daninhas, especialmente o caruru, nas lavouras da região. Na pesquisa também são avaliados aspectos como o manejo da dessecação na preparação da área que vai receber a semeadura, além da utilização de diferentes herbicidas e pré-emergentes com princípios ativos distintos, para saber o grau de eficiência no controle das plantas daninhas. Outra linha de avaliação é em relação ao uso de forrageiras de inverno e da sua palhada no controle. Segundo Fabiane Lamego, estão sendo verificados tanto o uso de pastagens de inverno com simulação de pastejo de animais, como o uso de espécies forrageiras apenas como cobertura e para a produção de palhada.
Para o coordenador de desenvolvimento da 3tentos, Marlon Ouriques Bastiani , o sucesso no controle de plantas daninhas requer sistemas integrados de manejo. Nesse sentido, segundo Bastiani, que é um dos responsáveis pelo desenvolvimento da pesquisa, isso se consegue aliando o controle químico a outras ferramentas de manejo como o uso de plantas de cobertura e/ou espécies forrageiras no inverno, manutenção de palhada no solo, época de semeadura e cultivares adaptadas para região e ainda considerando o sistema de integração lavoura-pecuária amplamente adotado na nossa região.