O Sindicato Rural de Sinop patrocinou com 30 garrafinhas de água e 30 bonés os alunos do 1º ano da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Professora Taciana Balth Jordão, que estão desenvolvendo o projeto Horta Escolar. A entrega foi feita nesta quinta-feira (31) e contou com a participação da diretoria do Sindicato e dos envolvidos na organização.
O Horta Escolar é uma iniciativa que busca transformar e retomar o uso de espaços ociosos na escola em laboratórios de práticas sustentáveis. Além da utilização dos espaços, o projeto proporciona aos alunos uma rotina vinculada ao cotidiano da produção rural em pequena escala, uma vez que precisarão cultivar, cuidar e colher os produtos definidos pelo grupo.
A iniciativa do projeto partiu de três estudantes do curso de Agronomia da UFMT. Uma delas é a Heloísa Paganotti, filha da professora Veridiana. “Eu conversei com a minha mãe sobre como que nós podíamos incentivar as crianças a ter esse contato com a terra. E, de repente, já pensamos no desenvolvimento dessa ideia para os próximos anos”, explica Heloísa, que teve apoio das colegas Júlia Baldissera e Maria Eduarda Zanette.
As crianças, entre 5 e 6 anos de idade, são responsáveis por preparar o solo, escolher as sementes, regar diariamente e cuidar da horta. Neste primeiro canteiro, foram plantados abóbora, pepino, milho, alface e pimenta. Toda a produção será comercializada posteriormente. “As crianças vão cuidar, colher e vender os produtos. O dinheiro obtido será revertido para a compra de mais sementes para dar sequência ao projeto. Dessa forma, a gente ensina não apenas como lidar com a terra, mas também reforça a educação financeira, o valor do dinheiro”, conta Veridiana Paganotti.
O Sindicato Rural foi representado pelo diretor e produtor rural Raul Pruinelli, que lembra da importância de se ensinar às crianças sobre a importância da agricultura. “Elas são bem novas, mas é importante que elas saibam como é a rotina de quem trabalha no campo, e que quem trabalha nele não é um vilão, e sim um amigo. As crianças aprendem pelo exemplo”, destacou Pruinelli.
O vice-presidente do Sindicato, João Marcos Bustamante lembra que esse é, em muitos casos, o primeiro contato da criança com um plantio. “As cidades cresceram, a grande maioria vive na zona urbana, e nem todas as famílias têm a oportunidade de cultivar uma hortinha em casa. Por isso, a escola se torna esse espaço que preenche essa lacuna”.
Para as crianças, tudo é diversão, mas com uma pitadinha de responsabilidade. O João Vitor é um dos mais engajados. “O que eu mais gosto de fazer é regar. Ajudei a plantar alface e até levei umas sementes para a mamãe plantar em casa”.
O desenvolvimento do projeto se dá com a participação permanente dessa turma do 1º ano B, que seguirá aprendendo áreas correlacionadas aos temas agricultura e finanças até quando alcançarem o 5º ano. Assim, outras turmas também vão aprendendo na sequência. Afinal, em se plantando tudo dá.