A semeadura da soja em Mato Grosso alcançou 100% da área prevista para a safra 2025/26, conforme o mais recente relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Os dados, atualizados em 5 de dezembro, confirmam o encerramento dos trabalhos de plantio no estado, repetindo o desempenho da temporada passada e consolidando um ritmo dentro do padrão observado nos últimos anos.
O relatório mostra que todas as oito regiões monitoradas — Centro-Sul, Médio-Norte, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Sudeste e o agregado estadual — atingiram 100% da área semeada. O avanço na última semana foi discreto, já que o estado já vinha operando próximo da finalização: o incremento semanal variou entre 0,00 e 0,95 ponto percentual, com maior avanço registrado na região Oeste.
O acompanhamento histórico evidencia que a curva de evolução da safra 25/26 se manteve alinhada aos limites mínimo e máximo dos últimos cinco anos, mantendo leve aproximação da média histórica, o que demonstra que, apesar das irregularidades climáticas observadas em janelas pontuais desde setembro, Mato Grosso conseguiu finalizar o plantio dentro da normalidade para o ciclo.
Os dados semana a semana reforçam esse comportamento. Regiões como o Médio-Norte e o Centro-Sul, que concentram grande parte da produção estadual, puxaram o ritmo desde o fim de outubro, superando 90% ainda no dia 31 daquele mês. Em novembro, todas as macrorregiões aceleraram o fechamento da semeadura, chegando à reta final já acima de 95%. No dia 28 de novembro, praticamente todas estavam tecnicamente concluídas, e a última atualização apenas formalizou o encerramento total.
O resultado consolida Mato Grosso mais uma vez como o primeiro estado do país a concluir o plantio da soja em grande escala, mesmo em um ano marcado por eventos climáticos adversos nas primeiras semanas de campo. O Imea reforça que a finalização do plantio dentro da janela ideal é um avanço estratégico para garantir melhor equilíbrio no ciclo, favorecendo o planejamento da safra de milho que começa logo na sequência.
Esse fechamento também permite avaliar com mais precisão os impactos da irregularidade hídrica registrada no início do plantio. Embora o relatório desta semana não trate de replantio, relatos de produtores, entidades representativas e veículos especializados vêm apontando que regiões de transição entre o Médio-Norte e o Nordeste, além de pontos isolados do Centro-Sul, precisaram reiniciar áreas devido a estiagem localizada e períodos de calor excessivo durante outubro. Os ajustes foram pontuais, mas exigiram reposicionamento de sementes e pequenas revisões no planejamento, sem alterar o ritmo final do estado.
Com o plantio concluído, o estado passa agora para a fase decisiva de estabelecimento das lavouras, cujo desempenho nas próximas semanas dependerá do comportamento das chuvas, da regularidade das temperaturas e do manejo inicial para garantir boa uniformidade de estande. A expectativa é de que o próximo relatório já traga sinais sobre o vigor das lavouras implantadas e sobre possíveis impactos produtivos resultantes do início atípico da safra em algumas regiões.



















