O plantio da soja 2025/26 continua avançando em ritmo mais lento que o registrado no ano passado, pressionado pelo comportamento irregular das chuvas em praticamente todo o país. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apontam que a instabilidade climática observada nos últimos três meses segue afetando diretamente o andamento das atividades no campo.
No Sul do Brasil, o excesso de umidade ainda impede o pleno acesso às lavouras, atrasando o calendário previsto pelos produtores. Em direção ao Centro-Oeste e ao Matopiba, o problema é oposto: a chuva tem ocorrido de forma desigual, deixando áreas com umidade abaixo do ideal para a implantação das lavouras. Embora os volumes tenham aumentado recentemente nessas regiões, e diminuído no Sul — especialmente no Paraná —, o quadro geral permanece de incerteza.
Relatos de produtores e agentes consultados pelo Cepea indicam preocupação com o potencial produtivo da safra, que dependerá diretamente da regularidade das chuvas nas próximas semanas. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reforçam o cenário: até 22 de novembro, 78% da área nacional de soja estava semeada, percentual inferior aos 83,3% registrados no mesmo período do ano passado.
A expectativa do setor é de que o padrão climático se estabilize para permitir a recuperação do ritmo de plantio e garantir melhores condições ao desenvolvimento inicial das lavouras.




















