O movimento de queda nos preços do milho se intensificou na primeira semana de julho, conforme apontam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A pressão sobre os preços vem de diversos fatores, incluindo o aumento da oferta do cereal no mercado spot devido ao bom andamento da colheita de segunda safra e das desvalorizações no mercado externo.
Com a colheita avançando, a oferta de milho no mercado spot cresceu, contribuindo para a queda nos preços. Além disso, muitos consumidores brasileiros estão evitando adquirir grandes volumes no momento, preferindo esperar pela entrega de lotes negociados antecipadamente. Essa postura cautelosa visa aproveitar possíveis novas desvalorizações do cereal.
Apesar da maior flexibilidade de alguns vendedores em ajustar seus preços, uma parcela deles ainda aposta em uma recuperação. Esses vendedores fundamentam suas expectativas na menor produção nesta temporada e no clima desfavorável que afetou o desenvolvimento da safra atual. Enchentes no Rio Grande do Sul e a seca no Sudeste e em partes do Centro-Oeste são alguns dos fatores climáticos adversos mencionados.
A continuidade dessa tendência de queda nos preços do milho dependerá de diversos fatores, incluindo o ritmo da colheita, as condições climáticas e a resposta do mercado externo. Enquanto alguns vendedores mantêm a esperança de uma recuperação, consumidores seguem cautelosos, aguardando novas desvalorizações para negociar melhores condições de compra.