As cotações da soja caíram no encerramento de maio, devolvendo parte dos ganhos registrados ao longo do mês. Segundo pesquisadores do Cepea, a principal causa dessa pressão nos preços foi a maior oferta da oleaginosa na América do Sul, aliada ao bom ritmo de cultivo nos Estados Unidos. Estes fatores combinados contribuíram para uma maior disponibilidade do produto no mercado, impactando negativamente as cotações.
Apesar da queda na produção brasileira nesta temporada, a reta final da colheita e os preços atrativos têm levado os vendedores a aumentarem a oferta de soja no mercado spot nacional. Essa maior disponibilidade da oleaginosa no Brasil é outro fator que pressionou as cotações para baixo, conforme apontam os pesquisadores do Cepea.
No Hemisfério Norte, a perspectiva é positiva, com agentes do setor demonstrando otimismo em relação à safra 2024/25. Esse otimismo é sustentado pelo bom ritmo de plantio e pelas condições climáticas favoráveis, que sugerem uma colheita robusta na próxima temporada. A expectativa de uma grande safra nos Estados Unidos também contribui para a pressão nos preços da soja.
Apesar das recentes quedas nas cotações, os levantamentos do Cepea indicam que os valores médios de maio continuaram sendo os mais altos do ano. Tanto o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá quanto o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná, em termos reais ajustados pelo IGP-DI de abril de 2024, mantiveram-se em patamares elevados. Isso mostra que, mesmo com as flutuações, o mercado de soja ainda apresenta uma valorização significativa em comparação com o início do ano.