A Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (FPA-MT) recebeu representantes de 11 municípios das regiões norte e noroeste do estado, todos envolvidos na produção de café. O encontro teve como objetivo discutir estratégias para ampliar a produtividade do grão, visando aumentar significativamente o número de famílias produtoras na região.
Com a meta ambiciosa de expandir de 400 para 2,5 mil famílias produtoras em um ano e alcançar cinco mil produtores em dois anos, a FPA-MT e a Associação dos Cafeicultores de Mato Grosso (Acafemat) estão pleiteando um investimento de R$ 18 milhões. Esse montante será destinado à aquisição de máquinas e à contratação de assistência técnica para os produtores.
A proposta apresentada foi cuidadosamente elaborada com base no vasto potencial mato-grossense para a produção de café, especialmente da espécie conilon. A primeira fase do projeto inclui a contratação de técnicos para assistência técnica, aquisição de equipamentos como secadoras e caminhões para o escoamento da produção, além da produção de mudas. Posteriormente, está previsto o investimento em equipamentos de irrigação.
Segundo o coordenador da FPA-MT, a articulação entre a Assembleia Legislativa, as prefeituras locais, a Acafemat e a Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) tem como objetivo principal viabilizar e expandir a produção de café na agricultura familiar dos 11 municípios envolvidos.
O presidente da Acafemat, Douglas Santini, explicou que o projeto foi desenvolvido em colaboração com representantes das prefeituras e da Empaer, a fim de identificar os recursos e equipamentos necessários, bem como estimar a contratação de profissionais para auxiliar na qualificação dos produtores e no acompanhamento das lavouras.
O diretor de assistência técnica e extensão rural da Empaer, Glieber Beliene, ressaltou o papel crucial da empresa pública no desenvolvimento de culturas no estado, que culminou na liderança mundial de produção de grãos por Mato Grosso. Ele destacou a oportunidade de potencializar a produção de café e agregar valor à agricultura familiar, melhorando a renda das famílias e impulsionando o desenvolvimento regional.
Estima-se que cada família produza em média dois hectares de café, totalizando cinco mil hectares em um ano. Com uma produtividade média de até 100 sacas de café por hectare/ano, a produção anual no estado deve chegar a 500 mil sacas. O projeto abrange os municípios de Nova Bandeirantes, Juruena, Cotriguaçu, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Juína, Aripuanã, Colniza, Paranaíta, Castanheira e Carlinda.
