Produtores de Mato Grosso vão conhecer, nesta semana, a realidade da principal rota de escoamento de grãos do estado, a BR-163, entre Sinop e Santarém, no Pará, durante o primeiro Estradeiro de 2024. O projeto é realizado pela Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT).
De acordo com o produtor rural e coordenador da Comissão, Mateus Goldoni, o objetivo da programação é mostrar para os agricultores a evolução da logística de grãos no estado e entender como funciona o trabalho da entidade em prol de melhorias. Além disso, Goldoni pontua a necessidade de o produtor entender os processos que antecedem as obras.
“Com esse conhecimento, o produtor pode ser mais assertivo no momento de sugerir ações para entidade ou fazer alguma crítica. É importante conhecer e entender. É claro que algumas coisas fogem da nossa alçada, mas a gente participa dos diálogos com as frentes parlamentares. O objetivo é mostrar os resultados desse trabalho”, aponta Goldoni.
O consultor de logística da Aprosoja-MT e diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, explica o Estradeiro é um instrumento para que os produtores possam entender a situação de trafegabilidade das rodovias e as estações de transbordo de cargas e os portos que são a porta de saída para a produção mato-grossense.
“É muito bom que o produtor entenda como funciona todo esse mecanismo, até para entender que ele pode absorver essa logística e poderia entregar o seu produto diretamente no navio, ao invés de entregar no armazém”, explica Edeon Vaz.
Já o coordenador-técnico da Comissão, Orlando Henrique Vila, explica que o Estradeiro começa nesta segunda-feira (15), em Sinop, com cerca de 20 produtores. De acordo com Vila, os produtores vão conhecer a estrutura da Estação de Transbordo de Cargas (ETC) de Miritituba, além do Porto de Santarém.
“As ETCs de Miritituba são responsáveis pelo transbordo de 17 milhões de toneladas de soja e milho de Mato Grosso, isso em 2023, é um número muito significativo, que segue para os portos de Santana, Barcarena e também para o Porto de Santarém, que é responsável por exportar mais de 8 milhões da soja produzida em Mato Grosso”, explica Vila.