Os preços do trigo permaneceram em alta ao longo de junho, um período marcado pela entressafra e pela baixa disponibilidade do cereal. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a valorização do dólar em relação ao real também contribuiu para a sustentação das cotações domésticas, já que encarece as importações do trigo.
Apesar desse cenário de preços elevados, o ritmo de negociação foi lento em junho. Os produtores se concentraram na semeadura da próxima safra, enquanto os vendedores ativos no mercado spot solicitaram preços maiores para novos fechamentos. Por outro lado, muitos agentes de moinhos, estando já bem abastecidos, não sentiram a necessidade de adquirir grandes volumes adicionais de trigo.
Assim, mesmo com os fatores que impulsionaram os preços, como a baixa oferta interna e o impacto da taxa de câmbio sobre as importações, o mercado se manteve em um ritmo moderado de negociações.