Após quase dois meses em queda, os preços do suíno vivo e dos cortes de carne suína encerraram o mês de janeiro com comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Enquanto algumas praças registraram alta nos valores, outras tiveram queda, refletindo as diferentes dinâmicas de mercado em cada localidade.
Segundo o Cepea, os aumentos de preços observados em determinadas regiões foram impulsionados pelo incremento na demanda da indústria por novos lotes de animais para abate. Esse movimento indica que os frigoríficos estão se reposicionando para atender às necessidades de produção, especialmente após o período de preços mais baixos.
Por outro lado, em algumas praças, os preços do suíno vivo e dos cortes apresentaram queda, influenciados principalmente pelo enfraquecimento da demanda. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário está relacionado ao menor poder de compra da população na segunda metade de janeiro, período em que os consumidores tendem a reduzir gastos após as festas de fim de ano.
Essa regionalização dos preços reflete a complexidade do mercado de suínos, que sofre influência de fatores como a demanda interna, a capacidade de abate da indústria e o poder aquisitivo dos consumidores. Enquanto algumas regiões se beneficiam da maior atividade industrial, outras enfrentam desafios devido à retração no consumo.
A tendência para os próximos meses dependerá de fatores como a recuperação econômica, o comportamento do mercado internacional e a disponibilidade de animais para abate. O Cepea segue monitorando o cenário para identificar possíveis ajustes e tendências no setor suinícola.