Os preços do suíno vivo continuam a subir no mercado independente, refletindo a oferta limitada de animais em peso ideal para o abate. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa escassez de oferta tem sido o principal motor para o aumento das cotações.
Na região SP-5, que inclui Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, a média dos preços na parcial de agosto (até o dia 27) alcançou R$ 8,39 por quilo, representando um aumento significativo de 9,3% em relação ao mês de julho. Este é o maior avanço mensal observado desde agosto de 2014, quando as cotações registraram uma variação de 9,5%. Naquela época, a alta foi impulsionada por vendas mais aquecidas de carne, o que elevou a demanda dos frigoríficos por novos lotes de suínos, além de uma oferta já reduzida.
A atual valorização no preço do suíno vivo demonstra um cenário de mercado onde a oferta restrita encontra uma demanda relativamente estável, resultando em pressões de alta sobre as cotações. Esse comportamento também reflete os desafios enfrentados pelos produtores, que precisam ajustar suas operações para lidar com a volatilidade dos preços e as variações na oferta e demanda de animais para abate.
Com os preços em alta, a expectativa é que os pecuaristas consigam compensar, ao menos em parte, os custos de produção. No entanto, a sustentabilidade desse movimento de valorização dependerá de vários fatores, incluindo as condições de mercado, a continuidade da oferta restrita e a demanda dos frigoríficos nas próximas semanas.