Os preços do milho registraram reação positiva nos últimos dias em grande parte das praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na última quinta-feira, 22 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa para a região de Campinas (SP) fechou a R$ 60,12 por saca de 60 kg, um valor que não era observado desde o dia 9 de abril deste ano.
Conforme apontam pesquisadores do Cepea, o aumento nas cotações do milho é resultado de uma menor oferta de lotes no mercado spot nacional, uma vez que a colheita da segunda safra está praticamente concluída. Com a maioria dos produtores já tendo finalizado o processo de colheita, muitos estão optando por segurar a venda de seus estoques, esperando por condições de mercado mais favoráveis, o que tem contribuído para a alta nos preços.
Por outro lado, o avanço dos preços tem sido limitado pela demanda enfraquecida, tanto no mercado interno quanto no externo. As valorizações do milho enfrentam resistência devido à menor procura por parte dos consumidores e importadores, que têm mostrado um ritmo de compras mais moderado.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 18 de agosto, cerca de 96,4% da área plantada com milho no país havia sido colhida. Os estados que ainda estavam finalizando a colheita incluem Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Com a finalização dessas colheitas, espera-se uma maior estabilização nos preços, dependendo do comportamento da demanda nos próximos meses.