Preços do milho caem para os menores níveis do ano com avanço da oferta e baixa demanda

Flexibilidade dos vendedores e restrições de armazenagem pressionam cotações mesmo com ritmo mais lento da colheita

Fonte: CenarioMT

Foto: Gustavo Porpino

Os preços do milho operam, neste início de julho, nos menores patamares de 2025 na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A pressão vem principalmente da intensificação da oferta do cereal no mercado spot nacional, ao mesmo tempo em que compradores mantêm postura cautelosa nas negociações.

Segundo o Cepea, mesmo com um ritmo de colheita da segunda safra mais lento do que o registrado no ano passado, o volume disponível já tem gerado gargalos na capacidade de armazenagem em algumas regiões, forçando vendedores a serem mais flexíveis nos preços. A baixa paridade de exportação também contribui para o enfraquecimento das cotações, limitando alternativas de escoamento da produção.

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Do lado da demanda, o cenário é marcado por compras pontuais e focadas no consumo imediato. Muitos compradores preferem esperar novos recuos, reforçando a tendência de queda dos preços. Esse comportamento prudente também reflete a incerteza do setor diante das condições econômicas e do comportamento do mercado internacional.

O atual momento do mercado de milho representa um desafio adicional para os produtores, especialmente diante do aumento dos custos de produção projetados para a próxima safra e da pressão por rentabilidade em um ambiente de preços retraídos.

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Jornalista formado (DRT 0001781-MT), atua no CenárioMT na produção de conteúdos sobre política, economia, esportes e temas do agronegócio em Mato Grosso. Com experiência consolidada na redação e apuração regional, busca entregar informação clara e contextualizada ao leitor. Aberto a pautas e sugestões. Contato: [email protected] .