Os preços da soja seguem em ascensão no mercado doméstico, impulsionados por diversos fatores que vêm influenciando o cenário agrícola brasileiro. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), um dos principais impulsionadores dessa tendência é a valorização do dólar em relação ao Real. Essa valorização torna a soja brasileira mais atrativa para compradores estrangeiros, aumentando a demanda externa pela oleaginosa e elevando a liquidez no mercado interno.
Entretanto, mesmo com esse cenário favorável, as fortes quedas nos contratos futuros negociados nos Estados Unidos têm limitado os aumentos dos preços no mercado interno brasileiro. Essas variações nos mercados internacionais impactam diretamente as negociações e o comportamento dos preços da soja no Brasil.
Além disso, as condições climáticas também têm desempenhado um papel importante no andamento da safra brasileira de soja. Pesquisas do Cepea indicam que, apesar da redução do ritmo dos trabalhos de colheita devido às chuvas registradas no Sudeste e Centro-Oeste do país, as atividades estão se aproximando da reta final. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), até o dia 14 de abril, aproximadamente 83,2% da área cultivada com soja no Brasil já havia sido colhida.
Esses números demonstram que a safra brasileira de soja está avançando de forma satisfatória, apesar dos desafios climáticos enfrentados ao longo do ciclo produtivo. A combinação entre a valorização do dólar, a demanda externa aquecida e o progresso na colheita contribui para manter os preços da soja em alta no mercado interno, garantindo uma perspectiva positiva para os produtores e o setor agrícola como um todo.