Preço do leite ao produtor sobe 1,3% em junho, mas derivados recuam em julho

Fonte: CenárioMT

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O preço do leite captado em junho de 2024 registrou uma alta pelo oitavo mês consecutivo, mas o crescimento foi modesto, com um avanço de apenas 1,3% em termos reais em comparação a maio, segundo levantamento do Cepea. Com isso, a “Média Brasil” do valor pago ao produtor ficou em R$ 2,7524/litro, representando um aumento de 3,25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do aumento acumulado de 32,1% no valor desde janeiro, a média real do primeiro semestre de 2024 ainda é 14,3% inferior à do mesmo período de 2023, após o ajuste pelo IPCA de junho.

Em contrapartida, os preços dos derivados lácteos caíram em julho, refletindo uma demanda mais fraca e a dificuldade das indústrias em repassar o aumento da matéria-prima para os canais de distribuição. Segundo pesquisa do Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), o leite UHT registrou uma desvalorização de 5,68% em comparação a junho, com o preço médio passando para R$ 4,51/litro. A muçarela também sofreu queda, com os preços recuando 2,03%, alcançando R$ 31,42/kg.

Além disso, as importações brasileiras de lácteos continuaram em alta em julho, com um aumento de 37,43% em relação a junho e 35,27% em comparação ao mesmo período do ano anterior. As exportações de leite em pó também dispararam, com um crescimento de 97,98% em termos mensais e 58,05% em termos anuais. Esse movimento resultou em um aumento de 35,7% no déficit da balança comercial de lácteos em volume, atingindo aproximadamente 241 milhões de litros em equivalente leite e um saldo negativo de US$ 99 milhões.

Apesar do aumento nos custos de produção da atividade leiteira, as margens dos pecuaristas permaneceram positivas em julho, graças à elevação das cotações do leite. O Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 0,62% na “Média Brasil” (que abrange as bacias de BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS) em relação ao mês anterior, marcando a terceira alta consecutiva. No entanto, na parcial do ano, o COE acumulou uma queda de 0,68%, sinalizando que as margens ainda estão favoráveis para os produtores.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.