O mercado da mandioca iniciou setembro em alta, impulsionado pela retração na oferta de raízes. Enquanto parte dos produtores preferiu segurar as entregas devido à baixa rentabilidade das lavouras mais novas, com até 15 meses, outros reduziram o volume disponibilizado em função do clima seco predominante nas principais regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Esse movimento conjunto limitou ainda mais a disponibilidade de matéria-prima e sustentou a valorização dos preços. Entre os dias 1º e 5 de setembro, a média semanal da tonelada de mandioca posta fecularia alcançou R$ 467,43 a prazo, o equivalente a R$ 0,8129 por grama de amido. O valor representa uma alta de 2,9% em relação à semana anterior, sendo o maior avanço registrado desde o fim de outubro do ano passado.
Apesar da recuperação, o cenário ainda reflete desafios em termos de rentabilidade. Comparado ao mesmo período de 2024, o preço atual está 18,4% abaixo em termos reais, considerando o deflacionamento pelo IGP-DI.
A expectativa do setor é de que o comportamento do clima e o ritmo de colheita das áreas mais velhas sejam determinantes para os próximos movimentos de preço, tanto no campo quanto nas indústrias de fécula.
