Insumo para o açúcar, o etanol e a geração de energia elétrica, a cana-de-açúcar é destaque na produção agrícola nacional não apenas pelo valor da produção, mas como importante fator de sustentabilidade ambiental, gerador de emprego e renda. Esses foram os destaques apresentados na abertura da safra mineira de cana-de-açúcar nesta sexta-feira (29), em Uberaba (MG).
“Começamos uma safra positiva, otimista, mostrando que esse setor é o setor que tem contribuindo tanto para o Brasil na questão da sustentabilidade, emprego e renda”, declarou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes na cerimônia, realizada na fazenda Santa Vitória.
Para a safra 2022/23, são estimadas 596 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão nacional é 2,9% maior do que o período anterior. A produção de açúcar para a safra atual está prevista em 40,3 milhões de toneladas, enquanto que para etanol são esperados 24,8 bilhões de litros.
Além desses produtos, a cana-de-açúcar também produz energia, sendo uma fonte limpa. A cadeia de usos da cana-de-açúcar apresenta relevantes oportunidades de aumento da sua eficiência energética com agregação de valor, custos decrescentes e forte desenvolvimento econômico destacou o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos.
“Somos exemplo de sustentabilidade e aplicação de economia circular. Tudo nesse parque energético tem valor. Produzimos açúcar, etanol, bioeletricidade. O setor ainda já está produzindo e biometano e biogás. Nosso país tem opções e podemos fazer escolhas”, disse Campos ao destacar a importância de se manter a segurança energética nacional a partir do que o mundo tem vivdo com a guerra na Ucrânia.
O estado de Minas Gerais deve atingir 67 milhões de toneladas na produção da safra 2022/23 (incremento de 4,8%), sendo Uberaba a maior cidade produtora. O município processou 12,4% da cana-de-açúcar produzida no estado na safra 2021/22 e, segundo previsão da Conab, deve processar 11,4% na safra atual.
“O agro é a moeda forte do Brasil. Não parou na pandemia, ao contrário, avançou para sustentar a população e também a nossa economia, frisou a prefeita de Uberaba, Elisa Araújo.
A cerimônia ainda contou com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e do ex-ministro da Agricultura Allyson Paolinelli, que recebeu homenagem de Marcos Montes.