Uma operação conjunta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) resultou na apreensão de cerca de 20 toneladas de agrotóxicos irregulares e de materiais para a produção de outras 120 toneladas do insumo. O trabalho foi realizado no dia 4 de abril, no município de Caldas Novas (GO), e contou com o apoio da Polícia Militar de Goiás (PMGO) e da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).
A fiscalização compareceu em dois endereços para averiguação de produção, manipulação irregular e falsificação de agrotóxicos. O primeiro endereço se tratava de propriedade rural localizada a aproximadamente 10 km da cidade, onde foi constatada a existência de produção irregular e falsificação de agrotóxicos. Foram encontrados ainda, diversos materiais para produção, além de produtos já fracionados com resíduos nos equipamentos, evidenciando sua utilização recente.
No segundo local, um galpão na área urbana da cidade, foram encontrados agrotóxicos em estoque utilizados para falsificação e manipulados irregularmente, bem como armazenamento em grande quantidade e de forma precária. Neste local, além de embalagens vazias, novas e usadas, foram encontrados bulas, rótulos, tampas, caixas de papelão, fitas, lacres de tampas, produtos veterinários e domissanitários.
Até o momento, foram contabilizadas aproximadamente 20 toneladas de produtos fluidos e sólidos e cerca de 70 mil embalagens, novas e usadas. Os recipientes possuem capacidade de 250 ml a 50 litros, que poderiam ser utilizados pela organização criminosa para a produção em curto espaço de tempo de aproximadamente 120 toneladas de produtos falsificados.
Os estabelecimentos não possuem os registros, licenças e alvarás necessários para funcionamento como fabricante ou formulador de agrotóxicos. Todos os agrotóxicos, matérias-primas, embalagens, equipamentos e materiais utilizados na contratação de agrotóxicos foram apreendidos pelo Mapa e serão destinados à destruição ambientalmente adequada.
Por não ter registro no Mapa, os agrotóxicos considerados ilegais constituem risco para agropecuária pela ausência de procedência e eficácia do produto para o controle e combate às pragas. Também constituem risco para saúde dos usuários, durante a aplicação do produto, e dos consumidores de alimentos pela exposição a ingredientes ativos e componentes desconhecidos, além de risco ao meio ambiente, pela exposição da fauna e da flora às substâncias químicas desconhecidas, que podem causar mortes ou danos graves ao equilíbrio ambiental.