O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, nesta segunda-feira (10), em Cuiabá, da abertura oficial da 55ª edição da Exposição Industrial, Comercial e Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Expoagro). Com o tema Integração Campo e Cidade com Inovação, o evento é uma oportunidade para os produtores rurais e empresários do setor realizarem parcerias e negócios, conhecerem as tendências e novas tecnologias. Fávaro destacou o tema da feira como oportuno e salientou a relevância do evento para o desenvolvimento do estado, cuja economia é baseada na pecuária e agricultura.
“A Expoagro vem trazer tecnologia e informação com visão de futuro de forma inovadora, buscando, nos próximos anos, oferecer qualificação para jovens e profissionais aqui da Baixada Cuiabana para que possam ocupar cargos e empregos gerados pela agropecuária”, afirmou.
A estimativa do Sindicato Rural de Cuiabá é de reunir mais de 200 mil pessoas nos nove dias de exposição. A feira tem mais de 120 mil metros e reúne mais de 200 marcas de produtos e serviços.
Plano Safra 2023/2024
Ao falar sobre a importância do agronegócio para Mato Grosso na Expoagro, o ministro destacou ações previstas no Plano Safra 2023/2024 para socorrer o produtor brasileiro. O ministro mencionou que, além dos cerca de R$ 441 bilhões previstos para o plano, já foram oferecidos recursos adicionais disponibilizados pelo BNDES no valor de R$ 38.5 bilhões que, conforme avaliou, chegam em um momento em que o produtor busca custeio rápido, uma vez que os preços das commodities estão achatados.
“Essa medida é para dar tranquilidade ao homem do campo para superar e poder escolher o melhor momento para comercializar. Esse é o espírito do nosso governo e tenho certeza de que isso vai melhorar o ambiente do país”, disse.
Segurança para o produtor
Sobre a falta de armazéns para a estocagem da produção agrícola, Carlos Fávaro lembrou que o Programa de Construção de Armazéns, PCA, criado em 2012, foi deixado de lado nos últimos anos e a defasagem de armazenagem se tornou um grande problema a ser corrigido no Plano Safra. Segundo informou, a determinação do presidente Lula é investir em infraestrutura e, nesse sentido, houve uma ampliação no valor dos recursos para esse fim.
“Aumentamos em 80% os recursos para armazéns até 6 mil toneladas, que são armazéns médios, diretamente para o produtor com taxa de juros de 7% ao ano e 10 anos para amortizar. Para os demais armazéns, de qualquer tamanho, os juros são de 10,5% ao ano”, disse.
Entre outras medidas para ajudar o produtor a enfrentar a defasagem, o ministro citou a linha dolarizada do BNDES que oferece recursos sem limite de volume e tamanho de armazenagem “para que produtor não tenha que vender uma safra a preços baixos para colocar outra dentro do armazém”. Fávaro mencionou ainda outras ações de amparo ao produtor que podem ser postas em prática caso seja necessário, tais como prêmios de apoio à comercialização e escoamento da safra para viabilizar, até que novos armazéns sejam construídos.
“Um armazém não fica pronto de uma hora para outra e por isso estamos usando políticas públicas de apoio à comercialização. Lançamos uma compra, através do sistema de Aquisições do Governo Federal (AGF), previsto na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), de 500 mil toneladas de milho ao preço mínimo de mercado e enquanto isso for necessário o governo vai intervir comprando para garantir o preço mínimo aos produtores”, disse o ministro.