No contexto da safra de milho em Mato Grosso, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou recentemente um relatório que aponta importantes alterações na demanda e no estoque do cereal no estado.
De acordo com os dados do Imea, o consumo interno de milho em Mato Grosso está em processo de aumento, projetando-se um crescimento de 6,34% em relação ao ciclo anterior. Enquanto na safra 22/23 o consumo atingiu 14,66 milhões de toneladas, a previsão para a temporada 23/24 é de um consumo de 15,59 milhões de toneladas. Esse incremento é particularmente impulsionado pelo crescimento esperado no consumo das usinas de etanol de milho, que têm expandido suas operações no estado. Estima-se que essas usinas consumam cerca de 11,65 milhões de toneladas de milho no próximo ciclo.
No entanto, o panorama para as exportações e a demanda de outros estados é menos otimista. As projeções indicam uma redução de 22,08% na demanda de outros estados por milho mato-grossense, totalizando 4,54 milhões de toneladas. Além disso, as exportações do cereal devem registrar uma queda de 18,28%, com uma estimativa de 24,39 milhões de toneladas. Essa diminuição na demanda externa resulta em uma revisão para baixo na expectativa de demanda total pelo milho do estado, que passa de 50,66 milhões de toneladas na safra anterior para 44,51 milhões de toneladas na safra atual, representando um ajuste negativo de 12,14%.
Essas mudanças têm impacto direto no estoque final de milho em Mato Grosso. Com uma demanda estimada em 44,51 milhões de toneladas e uma produção prevista de 45,29 milhões de toneladas, o estoque final do cereal é projetado em 785,17 mil toneladas. Esse valor representa uma redução significativa de 61,1% em relação ao final do ciclo anterior, quando o estoque alcançou 2,02 milhões de toneladas.
