O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reafirmou o otimismo do governo brasileiro em relação ao acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. A assinatura do tratado está prevista para o próximo sábado (20), em Foz do Iguaçu (PR), após mais de 25 anos de negociações.
Segundo Fávaro, apesar das discussões internas no Parlamento Europeu sobre medidas de salvaguarda para proteger o setor agrícola do bloco, o acordo precisa avançar sem novos adiamentos.
Defesa de uma assinatura sem novos atrasos
Durante conversa com a imprensa, o ministro destacou que o Brasil está disposto a discutir mecanismos de proteção, mas defendeu que isso ocorra após a formalização do acordo.
“Podemos discutir salvaguardas, mas não dá mais para esperar. Ficamos mais de 25 anos tentando um acordo perfeito. É preciso assinar e aperfeiçoar ao longo do tempo”, afirmou Fávaro.
Resistência de países europeus
O ministro reconheceu que o tratado enfrenta resistência de países como França, Itália, Polônia e Hungria, que pressionam por mais garantias ao setor agrícola europeu.
Mesmo assim, Fávaro avalia que o diálogo segue aberto e que o Brasil continuará defendendo a implementação gradual do acordo, considerado estratégico para o agronegócio e para a economia nacional.
Tarifas do México não preocupam o agronegócio
Outro ponto abordado foi a adoção de novas tarifas de importação pelo México, que podem afetar cerca de US$ 1,7 bilhão em exportações brasileiras de bens industrializados.
De acordo com Fávaro, essas medidas não atingem produtos do agronegócio brasileiro. Ele explicou que o Brasil realizou uma missão preventiva ao país, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, para renovar o Pacic, acordo que garante fornecimento de alimentos com tarifas reduzidas.
“Os projetos de tarifas em discussão não afetam nenhum produto da agropecuária brasileira”, afirmou o ministro, tranquilizando produtores e exportadores do setor.
Expectativa positiva para o comércio exterior
Fávaro destacou que o avanço do acordo Mercosul-UE pode abrir novas oportunidades para o agronegócio brasileiro e fortalecer a presença do país em mercados estratégicos.
Segundo ele, a ampliação de acordos comerciais é fundamental para manter a competitividade do setor e impulsionar as exportações, especialmente em estados com forte vocação agrícola, como Mato Grosso.
A avaliação do ministro Carlos Fávaro indica uma estratégia pragmática do governo brasileiro no comércio exterior. Apesar das resistências europeias, a expectativa é de que o acordo Mercosul-UE avance nos próximos dias. Em relação ao México, o governo descarta impactos negativos sobre o agronegócio, mantendo um cenário de confiança para o setor.





















