O mercado doméstico de trigo segue enfrentando um cenário de baixa liquidez e preços em queda, especialmente nas principais regiões produtoras do Paraná e do Rio Grande do Sul. De acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os valores atuais atingiram os menores patamares desde abril e maio deste ano, período que antecede a semeadura.
Pesquisadores do Cepea explicam que o cenário de desvalorização é resultado das expressivas importações registradas nos últimos meses, além das recentes compras no mercado spot nacional. Esse abastecimento dos demandantes reduziu a necessidade de novas aquisições, limitando o avanço das negociações.
Na tentativa de escoar os estoques, vendedores chegaram a reduzir os valores de suas ofertas. No entanto, mesmo com a queda nos preços, a estratégia não foi suficiente para atrair compradores, que seguem cautelosos em suas movimentações.
Ainda segundo o Cepea, a expectativa entre agentes do setor é de que negociações mais volumosas sejam retomadas apenas no início do próximo ano, quando a demanda pode ganhar novo fôlego. Até lá, o mercado deve continuar operando de forma mais contida, com poucas transações e tendência de manutenção nos níveis atuais de preços.