O mercado de suínos vivo encerrou o mês de abril com variações significativas entre as diferentes regiões acompanhadas pelo Cepea. Enquanto em Minas Gerais os compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando os suinocultores locais a reajustarem positivamente os valores, em outras praças as cotações seguiram em queda devido à demanda enfraquecida.
De acordo com pesquisadores do Cepea, a movimentação mais intensa dos compradores em Minas Gerais impulsionou os preços para cima, refletindo uma maior disposição para aquisição por parte dos suinocultores da região.
No entanto, em outras localidades, a demanda mais fraca pressionou as cotações para baixo, refletindo um cenário menos favorável para os produtores locais.
Em relação à carne suína, apesar da desvalorização das carcaças, os agentes consultados pelo Cepea relataram uma melhora nas vendas no final de abril. Isso sugere uma recuperação da demanda interna pelo produto, o que pode contribuir para estabilizar os preços no curto prazo.
Além disso, as exportações de carne suína apresentaram um desempenho positivo nos 20 primeiros dias úteis de abril, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro. Dados da Secex indicam que foram embarcadas 86,8 mil toneladas do produto in natura para o exterior nesse período, superando o volume exportado no mês anterior.
Se esse ritmo de exportações se mantiver, o total enviado ao exterior pode alcançar 95,4 mil toneladas até o final do mês, representando o maior volume exportado até então para este ano. Esse aumento nas exportações pode contribuir para sustentar os preços no mercado interno, compensando a demanda doméstica mais fraca.