Os preços médios mensais do suíno vivo e da carne suína no Brasil têm experimentado uma expressiva alta nos últimos três meses, conforme apontam levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em julho, até o dia 30, o valor médio do animal vivo atingiu seu maior patamar desde abril de 2021, quando ajustados pela inflação (deflacionados pelo IGP-DI de junho/24) em diversas regiões monitoradas pelo Cepea.
A alta nos preços é reflexo direto da crescente demanda por suínos para diminuir, tanto no mercado interno quanto no externo. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa demanda vem impulsionando os preços, levando o mercado suinícola a uma fase de aquecimento sem precedentes nos últimos anos.
No que diz respeito às exportações, os números também impressionaram. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que a média diária de exportação de carne suína in natura, durante os primeiros 20 dias úteis de julho, atingiu 5,2 mil toneladas. Esse número representa um aumento de 10,5% em relação ao mês anterior e de 15,7% em comparação ao mesmo período de 2023.
Se esse ritmo for interrompido até o final de julho, o Brasil poderá registrar um novo registro mensal de exportações de carne suína, com projeções que apontam para 119,3 milhões de toneladas embarcadas. Esse volume não só superaria o registro anterior como também marcaria o maior volume exportado desde o início da série histórica da Secex, que remonta a 1997.
O cenário atual demonstra a robustez do mercado suinícola brasileiro, que vem se destacando não apenas pela sua capacidade de atender à demanda interna, mas também pela sua competitividade e expansão no mercado internacional. Essa tendência de alta nos preços e exportações sublinha a importância do setor para a economia nacional e reforça o Brasil como um dos principais players no comércio global de carne suína.
À medida que agosto se inicia, o mercado observa atentamente as movimentações nos preços e na demanda, com a expectativa de que o setor continue a prosperar, impulsionado por estratégias eficazes e uma cadeia produtiva bem estruturada. O desafio agora é manter o equilíbrio entre oferta e demanda, garantindo a sustentabilidade e o crescimento contínuo do mercado suinícola brasileiro.