A demanda mais contida por parte dos compradores tem limitado os aumentos nos preços do milho na última semana, de acordo com os levantamentos realizados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A melhora nas condições climáticas e a redução no ritmo das exportações contribuíram para essa estabilidade. Além disso, o cenário externo desfavorável, com quedas nos contratos futuros de milho, levou os compradores a adotarem uma postura mais cautelosa, apostando em uma possível queda nos preços domésticos.
Pesquisadores do Cepea destacam que, com o clima mais favorável e a perspectiva de aumento na oferta global, os compradores estão aguardando momentos mais oportunos para fechar negócios, esperando um enfraquecimento nos preços. A estimativa de crescimento na produção nacional de milho também pode estar contribuindo para essa postura mais cautelosa no mercado.
Safra 2024/25: projeção de aumento na produção
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, na última quinta-feira (14), seu relatório mais recente com projeções para a safra de milho 2024/25. Segundo o levantamento, a produção agregada para o próximo ciclo é estimada em 119,81 milhões de toneladas, o que, se confirmado, representaria um crescimento de 3,6% em comparação ao volume registrado na safra 2023/24.
Esse aumento projetado é resultado da expansão da área plantada e do uso de tecnologias que visam melhorar a produtividade. No entanto, o ritmo mais lento das exportações e as quedas observadas nos preços internacionais do cereal podem levar os produtores a ajustar suas estratégias de venda no mercado interno.
Com o avanço da nova safra e as condições climáticas se mostrando mais favoráveis, o mercado de milho no Brasil segue dinâmico, com vendedores atentos às variações de preços e aos desdobramentos das exportações. À medida que a produção da safra 2024/25 se consolida, o impacto sobre os preços internos dependerá da evolução da demanda, tanto doméstica quanto internacional.