O mercado de milho, representado pelo Indicador ESALQ/BM&FBovespa em Campinas-SP, mantém-se estável em torno de R$ 63 por saca de 60 kg desde o final de janeiro. Esse suporte é atribuído, segundo pesquisadores do Cepea, às projeções de menor oferta na temporada 2023/24.
As estimativas apontam para uma redução significativa na produção de milho. Para a safra de verão, espera-se uma queda de 14,5%, totalizando 23,41 milhões de toneladas. Já para a segunda safra, a redução é ainda mais expressiva, projetada em 14,7%, alcançando 87,34 milhões de toneladas. A terceira safra também não escapa, com uma diminuição de 7,6%, chegando a 1,99 milhão de toneladas, conforme dados da Conab.
Diante desse panorama, as negociações no mercado do milho enfrentam um enfraquecimento tanto no mercado spot quanto para entregas futuras. Os vendedores optam por limitar os volumes ofertados, aguardando possíveis valorizações que possam compensar a queda na produção.
Além das questões relacionadas à oferta, os produtores também estão apreensivos devido ao clima quente e seco, especialmente no Centro-Sul do Brasil. Essas condições meteorológicas podem comprometer o desenvolvimento das lavouras, especialmente da segunda safra, o que pode resultar em uma redução ainda maior na produtividade.