Os preços do algodão em pluma no mercado doméstico permanecem estáveis, oscilando em um pequeno intervalo, de acordo com pesquisadores do Cepea. Nem mesmo as variações no mercado internacional ou as recentes oscilações do dólar foram suficientes para provocar um aumento nos valores internos. A liquidez segue baixa, com a maioria dos compradores afastados das aquisições. Apenas alguns demandantes, que precisam repor seus estoques, têm mantido certa atividade no mercado spot.
Por outro lado, os vendedores estão dispostos a negociar lotes de algodão, mas muitos preferem focar na realização de contratos a termo, visando entregas no médio prazo e priorizando exportações. Isso mantém o ritmo das transações internas relativamente moroso, com maior ênfase nas operações futuras.
Em Mato Grosso, um dos maiores produtores de algodão do Brasil, o cenário também apresenta certa estabilidade. A estimativa de setembro de 2024 do projeto Acapa-MT mostrou uma redução mensal de 1,99% no custeio da safra 2024/25, influenciada pela queda de 5,16% nos gastos com defensivos em relação à projeção anterior, de agosto. O Custo Operacional Efetivo (COE) ficou estimado em R$ 13.095,50 por hectare para o ciclo 2024/25, representando uma diminuição de 1,55% em comparação à estimativa anterior e de 4,37% em relação ao consolidado da safra 2023/24.
Esses fatores indicam um controle maior sobre os custos de produção, o que pode ajudar os produtores a manterem a competitividade em um mercado desafiador, marcado pela baixa liquidez interna e pela dependência de contratos internacionais. Contudo, a baixa movimentação interna sugere que o mercado brasileiro de algodão ainda enfrenta dificuldades para sair de um cenário de estagnação, mesmo com as condições externas favoráveis.