O mercado de açúcar cristal branco avança de forma lenta rumo ao encerramento da safra 2025/26, mantendo os preços médios próximos de R$ 106,00 por saca de 50 quilos. O valor atual contrasta com o patamar observado nos primeiros meses da temporada. Na semana de 7 a 11 de abril, a média nominal do Indicador Cepea/Esalq, cor Icumsa 130-180 em São Paulo, havia alcançado R$ 141,36 por saca, refletindo um início de safra mais firme no mercado interno.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, a oferta permanece elevada no mercado à vista, o que segue pressionando os preços. No entanto, fatores estruturais começam a indicar um movimento distinto para os próximos meses. A menor qualidade da cana, influenciada por condições climáticas ao longo da safra, e o redirecionamento crescente da matéria-prima para a produção de etanol formam um cenário de possível restrição de oferta futura de açúcar, o que pode alterar a dinâmica de preços no encerramento da temporada.
No mercado internacional, o comportamento também chama atenção. A China tem reforçado sua posição como um dos principais compradores do açúcar brasileiro, aproveitando o momento de preços mais baixos. Os contratos futuros do demerara operam nas mínimas dos últimos cinco anos na Bolsa de Nova York (ICE Futures), o que torna o produto nacional ainda mais competitivo e amplia o interesse do país asiático.





















