O rebanho suíno de Mato Grosso permanece livre da Peste Suína Clássica (PSC), segundo aponta o mapeamento de vigilância ativa realizada pelos médicos veterinários do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT). Pelo trabalho realizado em 101 municípios, nos meses de abril e maio, foi possível confirmar a ausência da doença altamente infecciosa, que não oferece riscos aos humanos, mas é mortal aos suínos, principalmente os domésticos.
VEJA TAMBÉM
- Sema emite licença de instalação para 108,4 km da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso
- Empaer e ABCZ instalam unidades para recuperação de pastagens degradadas em oito municípios de MT
- Mercado sinaliza recuo de até 4% no preço da carne, diz banco
- Comércio: Mato Grosso segue crescendo pelo terceiro mês seguido
Rebanho de Mato Grosso segue livre da peste suína
Em 35 dias, os médicos veterinários do Indea coletaram 2.239 amostras de sangue de suínos espalhados em 198 propriedades, sendo 182 estabelecimentos que criam porcos para subsistência, ou seja, consumo próprio; 11 de granjas comerciais de ciclo completo, e cinco granjas comerciais produtoras de leitão. Todo o material foi enviado para análise laboratorial e o resultado foi negativo para a presença do vírus da PSC no território mato-grossense.
Com esse resultado, Mato Grosso se mantém na lista de estados brasileiros que possuem certificação internacional, pertencentes à zona livre de Peste Suína Clássica, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde 2016.
Segundo a médica veterinária responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Suidea (PESS) do Indea, Daniella Schettino, a atividade de vigilância ativa em suínos já é realizada durante todo o ano pelo Estado, mas o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também possui uma atividade de vigilância, o chamado Plano Integrado de Vigilância, que deve ser executado pelos Estados livres de PSC. Essa atividade é necessária para se comprovar regularmente a condição sanitária de livre de PSC.
“Além da coleta de sangue, nossas equipes realizaram, também, a vigilância clínica, que é a busca ativa por suínos doentes. Esse trabalho, que está em fase de conclusão, é mais uma etapa de controle sanitário suíno, e em breve iremos compilar os dados para apresentar ao Mapa e à sociedade”, explica Daniella Schettino.
Na vigilância clínica, os médicos veterinários do Indea estão percorrendo 202 propriedades, localizadas em 105 cidades do Estado.
Daniella acrescenta ainda que, “tanto a vigilância clínica quanto a sorológica, que é a coleta de sangue, são ações que garantem que Mato Grosso permaneça com o estado sanitário conquistado, garantindo, assim, os mercados e a abertura de novos para a carne suína de Mato Grosso, através da promoção da sanidade do rebanho suíno”.
Produção de suínos
Mato Grosso é o 5º maior produtor de suínos do Brasil e o 4º maior exportador. O mercado interno mato-grossense consome cerca de 25% da produção estadual e o resto é exportado para outros estados e países.
O número de suínos em Mato Grosso é de cerca de três milhões de animais, sendo que 70% pertencente a granjas comerciais e 30% de subsistência. O Estado possui, aproximadamente, 300 granjas comerciais e 45 mil propriedades de subsistência com criação de suínos.