Lentidão nas vendas e medidas sanitárias impactam o mercado de ovos

Fonte: CenárioMT

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As vendas de ovos comerciais estão enfrentando uma desaceleração na segunda quinzena de junho, refletindo em ligeiros recuos nas cotações na maioria das praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Para lidar com a baixa demanda e evitar o aumento dos estoques, muitos vendedores têm adotado descontos e promoções, tentando incentivar as vendas e equilibrar o mercado.

Paralelamente às questões de mercado, o setor avícola do Espírito Santo está tomando medidas adicionais para enfrentar os desafios sanitários. No dia 19 de junho, o Ministério da Agricultura e Pecuária, juntamente com o governo do Espírito Santo e a Associação dos Avicultores do Estado, decidiu prorrogar por mais 120 dias o Estado de Emergência Zoossanitária, devido aos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Esta prorrogação, válida a partir de julho, é uma medida crucial para assegurar a saúde da avicultura comercial na região.

O Espírito Santo é um importante produtor nacional de ovos. No primeiro trimestre de 2024, o estado foi o terceiro maior produtor de ovos para consumo no Brasil, com uma produção de 85,9 milhões de dúzias, segundo dados do IBGE. A extensão das medidas de emergência visa proteger essa produção significativa, garantindo que os produtores possam continuar operando de maneira segura e sustentável.

Pesquisadores do Cepea indicam que, embora o mercado interno enfrente desafios, as medidas sanitárias e as estratégias de mercado adotadas podem ajudar a estabilizar a situação. Com a manutenção das promoções e descontos, juntamente com a prorrogação das medidas sanitárias, espera-se que o mercado de ovos recupere gradualmente seu equilíbrio, beneficiando tanto produtores quanto consumidores.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.