Apesar de toda guerra, por menor que seja, impacta de alguma forma negativamente no comércio mundial. Neste primeiro momento, o conflito Israel-Hamas, não deve preocupar o mercado externo de carne bovina.
Apesar de Israel ser o 11º maior comprador de carne do estado de Mato Grosso – MT, a atual situação da guerra, ainda não acarretou prejuízos significativos para os pecuaristas do estado, visto que as médias diárias de exportação estão em patamares normais.
Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), de janeiro a setembro de 2023, foram enviadas para Israel, 5.935.730 quilos de carne em equivalente carcaça.
De acordo com o Presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro Jr, se a guerra se estender para os países vizinhos, as relações comerciais com o Brasil podem ser afetadas.
“O Egito, vizinho oeste de Israel, é um dos cinco maiores compradores de carne bovina brasileira e o segundo maior importador da carne de Mato Grosso. A Arábia Saudita também está sempre entre os dez maiores compradores da carne brasileira. Se houver um agravamento da guerra, com extensão à países vizinhos, teremos impactos muito importantes na pecuária”, enfatiza o presidente da Acrimat.
Caso aconteçam bloqueios de tráfego em rotas comerciais, principalmente pelo Canal de Suez, o transporte de produtos, como carne bovina, podem impactar os países da região. Apesar de o impacto inicial não ser tão direto, os efeitos do conflito no preço do petróleo por exemplo, tendem a afetar o custo de produção de fertilizantes, diesel e fretes.
“Esperamos que esse conflito se resolva o mais rapidamente possível, para que vidas sejam poupadas, transportes de alimentos e produtos médico/hospitalares não sejam afetados e a paz reine no Oriente Médio”, finaliza Oswaldo Ribeiro.