O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, convocou mais 150 bombeiros militares da Força Nacional para atuar no combate aos incêndios pelo país. O efetivo será encaminhado para a chamada região da Amazônia Legal. A mobilização atende a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.
Logo após a decisão judicial, o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, solicitou o imediato remanejamento de bombeiros militares que estão servindo na Força Nacional para conter as queimadas e também o envio de mais 70 agentes para a Amazônia.
Em reforço a essas medidas, foi realizada uma reunião com o Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (LIGABOM), nesta quarta-feira (11), para a convocação de 80 bombeiros militares.
O efetivo total, de 150 homens, estará na região amazônica até a próxima semana. Os agentes já estão em deslocamento. Eles se juntarão aos 162 bombeiros que estão atuando, desde junho, em operações contra queimadas na Amazônia e no Pantanal.
Em ação simultânea, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), enviou ofícios aos 21 estados não atingidos por incêndios florestais solicitando a apresentação voluntária de bombeiros militares. Além disso, a Senasp pretende acionar, nos próximos dias, mais 50 bombeiros que estão no cadastro reserva da Força Nacional.
“É importante registrar que, desde o início das queimadas em nossos biomas, a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, vem mantendo contato diário com as autoridades de segurança estaduais, e colocando à disposição o efetivo federal para que, juntos, possamos superar crise sem precedentes em território nacional”, afirma Sarrubbo.
Investimentos
Nesta terça-feira (10), o secretário-executivo do MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto, apresentou as ações da pasta contra as queimadas na Amazônia e no Pantanal em audiência pública conduzida pelo ministro Flávio Dino, no STF.
Até o momento, mais de R$ 38,6 milhões foram destinados pelo ministério para custeio das forças de segurança dos estados e do Distrito Federal nas operações de proteção dos biomas — incluindo o combate a incêndios e a situações extremas de clima — de janeiro até agosto de 2024. O valor corresponde a um aumento de mais de 400% em relação a todo o ano de 2022, quando foram pagos aproximadamente R$ 9,4 milhões.
“Os números demonstram o comprometimento do governo do presidente Lula e do MJSP no combate a esse problema sério que aflige diversas regiões do País. Não mediremos esforços para seguir nesse objetivo, que é o de reduzir danos e valorizar os profissionais que estão atuando na linha de frente”, afirma o secretário-executivo do MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto.
Além do acréscimo no financiamento federal, o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública também foi ampliado: desde junho,162 agentes se concentram nas regiões da Amazônia e do Pantanal, com a missão de conter o fogo e de mapear e monitorar as áreas por meio de drones. Eles também fazem vistorias, buscam focos de incêndio e prestam atendimento a pessoas feridas.