Com o objetivo de tornar o seguro rural mais acessível ao produtor rural, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, em parceria com Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Instituto Pensar Agro (IPA), Senado Federal, e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), realizou segunda-feira (14), o workshop “Modernização do Seguro Rural no Brasil”.
O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, destacou que a atividade rural enfrenta diversos riscos e incertezas, como mudanças climáticas, pragas, doenças e oscilações de mercado. Nesse contexto, o seguro rural se destaca como uma ferramenta essencial para dar suporte ao produtor, reduzindo os riscos da atividade e promovendo maior estabilidade e previsibilidade.
“O seguro rural não apenas protege a produção, mas também estimula o investimento no campo, fortalece a resiliência dos agricultores e contribui para a sustentabilidade da produção agropecuária. Nosso objetivo hoje é ouvir as diferentes perspectivas e reunir contribuições que nos ajudem a aperfeiçoar os instrumentos existentes, identificar os gargalos e propor soluções para ampliar o acesso ao seguro rural de maneira eficiente e justa”, afirmou Vilmondes.
O evento reuniu profissionais do agro, produtores, seguradoras, resseguradoras, financiadores e autoridades para discutir as propostas do Projeto de Lei nº 2951/2024, de autoria da senadora Tereza Cristina (PP/MS), que busca tornar o seguro rural mais acessível ao produtor rural.
“Nós vamos precisar muito da atuação da Famato nesse projeto que vai beneficiar todos os produtores. Quando fui ministra da Agricultura, um dos principais problemas que tivemos foi a renegociação de dívidas por diversas razões. Nós precisamos ter um único seguro que atenda a todos os produtores, pequenos, médios e grandes. Então esse projeto vai trazer previsibilidade para a subvenção do seguro, já que o nosso setor é o que sustenta a economia do nosso país”, disse a ex-ministra.
O senador Jayme Campos (União/MT), que é o relator da proposta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, trouxe outros benefícios para a cadeia produtiva do agronegócio.
“A proposta também a traz a cobertura dos fundos que serão definidas pelo Conselho Nacional do Seguros privados. Como forma de dar mais eficiência ao seguro rural, o fundo somente poderá auxiliar aqueles que estejam contempladas com regra de zoneamento, de risco agropecuária e ser regulamentado pelo executivo federal, tais como secas enchentes, quebra de safra por mudanças climáticas”, explicou Campos.
“Essa é uma forma de baratear e tornar o seguro mais acessível. Por causa das recorrentes quebras de safras dos últimos anos, vamos ampliar o acesso ao crédito, consolidar mercados e garantir segurança de todos os produtores do país”, afirmou Campos.
O workshop foi composto por dois painéis para esclarecer dúvidas sobre a proposta. O primeiro discutiu a Importância do Seguro Rural no Brasil, com a participação do diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi. O encontro também abordou como deve se estruturar o mercado de Seguro Rural, que teve a moderação do consultor da CNA, José Ângelo.